Agora, pessoas diagnosticadas com atrofia muscular espinhal (AME), tipo 1, vão poder contar com o medicamento risdiplam para o tratamento da doença pelo SUS.
De acordo com portaria do Ministério da Saúde, as áreas técnicas têm 180 dias para efetivar a oferta do remédio no Sistema Único de Saúde. A decisão foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
A AME, como a doença é mais conhecida, é uma condição genética em que o corpo não produz a proteína SMN. A falta dela resulta na perda de neurônios motores, o que leva à fraqueza e à perda de massa muscular. Atividades básicas como controlar da cabeça, sentar, respirar e engolir podem ser afetadas.
De acordo com a bula do medicamento disponível no site da Anvisa, o remédio melhora a produção e a manutenção dos níveis da proteína SMN.
O neurologista infantil André Pessoa, especialista em neurogenética, diz que uma das vantagens do remédio é que ele é de aplicação oral e pode ser tomado em casa. O médico ainda afirma que o tratamento é extremamente eficaz.
A AME é dividida em cinco tipos, do 0 (zero), que ocorre ainda na fase pré-natal, até o tipo 4, quando a pessoa já é adulta. Segundo o Ministério da Saúde, o tipo 1 é a forma mais frequente e grave da doença e aparece entre o nascimento e os primeiros 6 meses de vida. Por ser rara, a incidência é de 1 caso para cada 6 a 11 mil nascidos vivos.