Maconha medicinal pode ajudar no tratamento neurológico, diz pesquisa
Um estudo da Unicamp indica que uma substância extraída da maconha pode ser útil no tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas.
Publicada em uma revista científica alemã, a pesquisa da Universidade Estadual de Campinas analisou a ação de canabinoides, substâncias encontradas na Cannabis, para a comunicação entre os neurônios.
Um dos pesquisadores do estudo, o professor de bioquímica Daniel Martins de Souza, argumenta que o composto encontrado na planta da maconha pode auxiliar no tratamento de doenças como esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica e esquizofrenia.
O diferencial da pesquisa da Unicamp é que ela analisou a ação de canabinoides nas células responsáveis pela comunicação entre os neurônios, e não no neurônio em si. Para o pesquisador Daniel de Souza, o resultado reforça a necessidade de os tratamentos para doenças do cérebro serem direcionados também a essas outras células.
Na pesquisa feita in vitro, os canabinoides impulsionaram a proliferação das células responsáveis pela boa comunicação entre os neurônios. O próximo passo é testar o efeito dessas substâncias em animais e, futuramente, em humanos para confirmar a hipótese de que os canabinoides podem regenerar essas células do cérebro.