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Saúde

Rio não alcança meta de vacinação infantil para nenhum imunizante

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Fabiana Sampaio - Repórter da Rádio Nacional
28/12/2022 - 09:10
Rio de Janeiro

Um levantamento do Observatório de Saúde na Infância da Fiocruz, o Observa Infância, aponta que o estado do Rio de Janeiro não chegou à meta estipulada pelo Ministério da Saúde para nenhuma das vacinas do calendário básico infantil e está abaixo da meta nacional em todos os imunizantes.

O que significa que crianças menores de 5 anos estão vulneráveis a contrair sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, meningite C, hepatites A e B e outras doenças evitáveis que podem levar à morte e gerar sequelas graves.

No estado do Rio, apenas 75% dos bebês menores de 1 ano foram imunizados com a BCG, que protege contra as formas graves da tuberculose. A meta anual é vacinar 90% desse público.

As vacinas que protegem contra poliomielite, difteria, tétano e coqueluche, hepatite B, pneumonia e meningite bacterianas não chegaram à metade da população-alvo.

Em relação ao sarampo, a situação é ainda mais preocupante: apenas 28% dos bebês que deveriam ser vacinados receberam a segunda dose do imunizante na idade recomendada.

As coberturas vacinais do estado, segundo o estudo, também são extremamente baixas para febre amarela, catapora e hepatite A.

O levantamento foi feito com base nos dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações até o dia 28 de novembro. Os municípios têm até 2024 para registrar dados no sistema.

Os pesquisadores avaliam que é possível que alguns municípios ainda alcancem a meta para algumas vacinas, mas nos cenários nacional e estadual dificilmente haverá uma mudança significativa em relação à baixa cobertura vacinal.

A Secretaria de Estado de Saúde informou em nota que vem coordenando uma série de ações junto aos municípios para reverter o atual quadro de baixa cobertura vacinal infantil. Uma delas é a chamada varredura, em que equipes da atenção básica dos municípios vão às residências para verificar e atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes.

A nota diz ainda que é necessária uma ação conjunta do poder público para reverter esse quadro.

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