Uma parceria tecnológica que protege a população brasileira contra dengue, chikungunya e zika está em fase de expansão.
O trabalho conjunto da Fiocruz com o WMP, World Mosquito Program, vai ampliar o acesso no Brasil aos mosquitos com Wolbachia – uma bactéria capaz de evitar que o Aedes Aegypti transmita os vírus dessas doenças. Luciano Moreira, líder do WMP Brasil, explica.
A capacidade de proteção por esse método vai passar dos atuais 3 milhões de brasileiros para 70 milhões no período de 10 anos.
O pesquisador ressalta que o método é sustentável, pois a fêmea passa a bactéria para seus descendentes. Para isso, entra em ação o Wolbito, mosquito com Wolbachia que, no Brasil, virou o mascote do programa. Já existe uma experiência bem-sucedida em Niterói, no Rio de Janeiro. Luciano Moreira fala sobre esses resultados.
Luciano Moreira anunciou ainda o resultado de um estudo independente, realizado em sete cidades brasileiras, sobre o custo-benefício da medida.
Ao todo, serão investidos R$ 180 milhões no programa. Os recursos serão destinados para a construção de uma nova biofábrica, para levar o programa para cidades prioritárias e na criação de um fundo de R$ 50 milhões para acelerar o programa. O Ministério da Saúde contribuirá com R$ 30 milhões dentro dessa parceria.