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Saúde

Câncer de mama: 2 em cada 10 mulheres negras se sentem discriminadas

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Tatiana Alves - Repórter Rádio Nacional
20/06/2023 - 17:54
Rio de Janeiro

Vinte por cento das mulheres negras em tratamento do câncer de mama já sofreram discriminação durante o tratamento da doença, que é a segunda maior causa de morte da mulher brasileira. Os dados são da Sociedade Brasileira de Mastologia,  regional do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Nosso Papo Rosa.

O estudo ouviu cerca de 200 mulheres, das quais cerca de 40% se reconhecem como pretas ou pardas, 70% delas na faixa etária entre 45 e 65 anos.

O estudo foi realizado junto aos serviços de mastologia público e privado. O objetivo é traçar um perfil das pacientes, com olhar especial para a população negra e LGBTQIA+, as menos assistidas por tratamentos de prevenção e combate ao câncer, como analisa a presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia no Rio, Dra Maria Julia Calas.

Mais de 60% das entrevistadas, relataram ter medo e incerteza com o que vem pela frente durante o tratamento contra o câncer, que se descoberto no início, tem mais chance de cura. A especialista alerta sobre as condutas para que a doença seja diagnosticada precocemente.

Outros números do estudo mostram que 43% das entrevistadas deixaram o trabalho após o diagnóstico. A autoestima também é algo que sempre preocupou. Cerca de 40% das mulheres afirmaram que a queda na autoestima influenciou negativamente para prosseguir no tratamento. Além disso, 30% deixaram de ter convívio social e 25% pararam de praticar atividade física.

O tema das mulheres negras e do público LGBTQIA+ serão abordados no Simpósio Internacional de Mastologia que acontece de 22 a 24 de junho, no Prodigy Hotel, no Rio de Janeiro, reunindo médicos de todo o país e do exterior.

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