O projeto Lean, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, já mostra resultados animadores. Criada para diminuir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos, as primeiras avaliações apontam que a iniciativa reduziu em 36,4% a quantidade de pacientes à espera de atendimento.
As instituições que adotaram a metodologia estão espalhadas pelos 26 Estados do Brasil e o Distrito Federal.
Além da melhoria do índice de superlotação, dados do Ministério da Saúde apontam ainda queda de 40% tanto no tempo de passagem nos hospitais sem internação quanto no número de internações.
O diretor do Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência do Ministério, Nilton Pereira Júnior, dá detalhes de como a iniciativa é implementada.
"A ideia de reduzir a superlotação se concretiza aumentando a eficácia, aumentando a qualidade e aumentando a resolutividade dos atendimentos. Quanto mais rápido e com mais qualidade os profissionais de saúde promovem o atendimento de urgência e emergência, o pronto-socorro terá um giro mais rápido de pacientes. As pessoas esperarão menos para serem atendidos e resolverem os seus problemas".
Criado em 2017, o Lean nas Emergências conta com colaboração do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde.
A metodologia Lean, trazida para o universo da Saúde, é utilizada em diversos setores para reduzir desperdícios na operação hospitalar, além de melhorar as entregas feitas ao público final. Dr. Nilton Pereira Júnior enumera os principais resultados dessa conduta.
"A redução da superlotação significa para o Sistema Único de Saúde aumentar a qualidade da assistência, à segurança do paciente e a humanização do atendimento de urgência e emergência".
Os hospitais que executam o projeto disponibilizam equipes com um médico e um especialista na metodologia Lean. Quando aplicada na saúde, ela gera redução de gastos desnecessários e pacientes mais satisfeitos.
Todo o processo para implantar a metodologia leva em torno de um ano e meio para ser concluído. Mais de 200 hospitais brasileiros já aplicam o método, incluindo instituições privadas, entre eles, o Hospital Sírio-Libanês e a Beneficência Portuguesa, ambos em São Paulo e o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.