Cada vez mais os produtos de tabaco se aprimoram e se tornam uma ameaça para os jovens. De acordo com a OMS, Organização Mundial da Saúde, isso leva a uma iniciação cada vez mais precoce do tabagismo. O cigarro eletrônico, por seu aspecto colorido e aromas doces, tem atraído esse público. Segundo a OMS, quem usa o produto, ainda na adolescência, tem pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros no futuro.
Diante disso, nesta quarta-feira (29), o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer lançaram uma campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. A ação marca o Dia Mundial sem Tabaco - celebrado no próximo dia 31 de maio. O tema deste ano é proteger as crianças do cigarro, com foco nos dispositivos eletrônicos para fumar.
A campanha tem uma linguagem jovem e persuasiva para motivar uma mudança de comportamento, além de conscientizar sobre os perigos do uso do tabaco e as táticas usadas pela indústria para atrair esse consumidor.
A maioria dos cigarros eletrônicos usa bateria recarregável que aquece um líquido em sua base, o que cria vapores que são inalados pelo usuário.
A Consultora da Organização Pan-Americana de Saúde, Elizete Bandeira, adverte que, mesmo não emitindo fumaça, o uso do dispositivo traz risco para a saúde.
" Mesmo que seja um dispositivo sem fumaça, ele causa um impacto negativo à saúde, tanto quanto aqueles dispositivos que emitem fumaça. Então não existe fumo seguro. Essa tática precisa ser reconhecida para que a gente continue garantindo ambientes livres de tabaco. Então essa tática precisa ser exposta e enfrentada".
Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar mostraram que em 2019, 16,8% dos estudantes de 13 a 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, oito de milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças relacionadas ao uso de cigarro no mundo.