PE confirma 2ª morte de feto com oropouche e investiga mais 2 casos
A Secretaria de Saúde de Pernambuco confirmou o segundo caso de um feto morto que tinha o vírus da febre oropouche. A mulher, que estava na 30ª semana de gestação, morava em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife.
Um primeiro caso semelhante foi diagnosticado no município de Rio Formoso, na Zona da Mata Sul pernambucana. A mulher também estava na 30ª semana de gravidez.
As amostras de tecidos foram analisadas pelo Laboratório Central de Pernambuco, que ainda investiga a morte de outros dois fetos.
Ainda não é possível afirmar que as mortes tenham sido causadas diretamente pelo vírus. Especialistas das Secretarias de Saúde, Instituto Evandro Chagas, Fiocruz, Ministério da Saúde e entidades de fora do país, estão debruçados sobre esses casos para descartar, ou não, a relação entre a morte dos fetos e a doença.
Já se sabe que ocorre a transmissão vertical do vírus, da mãe infectada para o feto, durante a gestação. O que está em investigação agora são evidências científicas consistentes sobre os efeitos da infecção na má formação dos fetos ou nas perdas gestacionais.
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco orienta sobre os cuidados que as gestantes devem ter. Entre eles, evitar áreas onde há muitos mosquitos e maruins, como é conhecido o mosquito transmissor da doença. E também usar telas de malha fina em portas e janelas; roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelentes especiais para gestantes na pele, além de manter limpos terrenos e locais de criação de animais.
Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.