O número de mulheres mortas a tiros na Região Metropolitana do Rio de Janeiro dobrou no sexto mês da quarentena, de acordo com registros da plataforma Fogo Cruzado. Entre 14 de março e 13 de setembro, a plataforma registrou 34 mulheres baleadas, com 12 mortes. Seis dessas vítimas fatais foram baleadas entre os dias 5 de agosto e 1º de setembro.
Para a gestora de dados da plataforma Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto, apesar do número ser relativamente pequeno, o dado acende um alerta para as políticas de segurança no estado.
No balanço geral, no entanto, os registros da plataforma apontam queda de mais de 50% no número de pessoas atingidas por tiros durante o isolamento social na Região Metropolitana do Rio. Ao todo, foram mais de 760 pessoas baleadas, com 384 mortes. Além de mulheres, a estatística também registra entre os atingidos 14 idosos, 11 adolescentes e 8 crianças. Houve ainda 64 agentes de segurança baleados e 38 pessoas vítimas de balas perdidas.
O Rio de Janeiro foi o município com o maior número tiroteios/disparos de arma de fogo durante a pandemia, com mais de 1,4 mil registros, o que equivale a 61% do total acumulado no Grande Rio. A capital também concentra o maior número de mortos e de feridos.