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Segurança

Registro de armas de fogo em clubes de tiro aumenta 120%

Variação se deu em 18 meses; fórum crê em nova onda armamentista
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Lucas Pordeus León
26/10/2020 - 14:37
Brasília

O total de armas de fogo registradas em clubes de tiro esportivo, de caçadores e colecionadores, aumentou 120% em um ano e meio, revela o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020.

De mais de 225 mil armas registradas neste tipo de clube, em 2019, esse número ultrapassou os 496 mil em agosto de 2020.

Também cresceu em 65%, entre 2017 e 2019, o total de armas de fogo registradas no sistema da Polícia Federal, passando de cerca de 638 mil armas cadastradas para mais de 1 milhão e 56 mil no intervalo de dois anos.

O membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Ivan Marques, avalia que o país passa por uma nova onda armamentista.

Todos os estados registraram aumento no número de registros ativos de armas de fogo. O Distrito Federal teve o aumento mais expressivo, crescendo 538% em dois anos.

A capital federal, em números absolutos, é a unidade da Federação mais armada do país com uma arma para cada 11 pessoas. A Paraíba foi o segundo estado que mais registrou armas nos últimos dois anos, um aumento de 112%.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública chama a atenção para a subutilização dos registros de armas de fogo. Do total de armas apreendidas em 2019 no Brasil, apenas 2% delas estavam registradas.

O diretor-presidente do Fórum de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, avalia que é preciso aperfeiçoar o controle de armas e munições.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020 mostra ainda uma queda de cerca de 6% no número de armas apreendidas pelas polícias nos últimos seis anos.

Enquanto a região Norte quase dobrou o número de apreensões de armas de fogo no período, a região Centro-Oeste viu essas apreensões despencaram de um total de 99 armas apreendidas a cada 100 mil habitantes, em 2016, para 32 armas apreendidas em 2019 para cada grupo de 100 mil habitantes.

 

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