PF vai a terra Yanomami após estupro e morte de menina por garimpeiros
A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou, nesta quarta-feira (28), que acompanha a denúncia de um crime brutal que teria sido cometido por garimpeiros contra uma menina indígena Yanomami de 12 anos.
Em nota, a Funai afirmou que está à disposição para colaborar com os trabalhos de proteção à comunidade Aracaçá, na região de Waikás, em Roraima.
Também nesta quarta-feira, agentes da Polícia Federal viajaram para o local para investigar a situação.
A informação sobre o crime de estupro que teria ocasionado a morte da menina indígena foi divulgada na última segunda-feira pelo presidente do Conselho de Distrito da Saúde Indígena Yanomami e Ye'kawana, Júnior Hekurari Yanomami, numa rede social.
Segundo o líder indígena Yanomami, durante a invasão dos garimpeiros à comunidade, uma mulher e uma criança indígenas também foram levados, e a criança, de cerca de 3 anos, desapareceu ao cair no rio Uraricoera.
O comunicado da Funai sobre o caso destaca ainda que o órgão realiza atividades permanentes na região por meio de quatro Bases de Proteção Etnoambiental localizadas na terra indígena Yanomami. As unidades são responsáveis por ações contínuas de proteção, fiscalização e vigilância territorial, além trabalhar para coibir atos ilícitos, controle de acesso e acompanhamento de ações de saúde.
O Ministério Público Federal (MPF) também se manifestou. Informou que busca junto às instituições competentes a apuração do caso, e acredita que situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima.
