O acesso à tecnologia pelas forças de segurança públicas tem crescido, mas não é suficiente para o avanço no combate ao crime. Essa é a principal conclusão do estudo “Segurança pública na era da big data: os desafios da implementação de novas tecnologias no combate à criminalidade”, realizado pela FGV Direito Rio e apresentado nesta quarta-feira (29) no seminário de mesmo nome realizado na Fundação Getúlio Vargas, a FGV, no Rio de Janeiro.
Entre os problemas apontados na análise para que o uso da tecnologia se torne mais eficiente pelas forças estão a falta de uma cultura de dados, a resistência dos profissionais de segurança no aprendizado e uso das ferramentas tecnológicas e a dificuldade de formação de profissionais qualificados na área, como reforça a pesquisadora Fernanda Prates.
“Uma das falas mais frequentes entre os entrevistados foi a dificuldade de acesso a profissionais qualificados na área da tecnologia”.
A pesquisa também apresentou um mapeamento do uso de tecnologia pelas forças de segurança nos estados brasileiros. De acordo com o estudo os equipamentos mais utilizados são os drones, por 63% das forças, seguidos do OCR – aparelho que decodifica as placas dos carros em imagens de câmera, utilizados por 44%. Além desses têm o reconhecimento facial, utilizado por 33%, as câmeras acopladas nos uniformes da polícia, com 22% e o policiamento preditivo, por 7%.
O estudo também aponta que, apesar das dificuldades, o uso tecnológico já traz resultados positivos, como no caso de São Paulo, conforme destaca a pesquisadora Bianca Kremer.
“Nós tivemos uma redução de 87%, outro ponto interessante, do número de ocorrências de confrontos com a polícia no ano de 2022 na cidade de São Paulo, depois de um ano de adoção de câmeras corporais no Projeto Olho Vivo, que foi lançado no ano de 2021”.
A pesquisa utilizou um método de coleta de dados em que foram analisados sites e notícias de jornais, Diários Oficiais e acompanhamento de projetos de leis, com foco no período de primeiro de junho de 2021 a trinta e um de maio de 2022.
O evento de lançamento do estudo contou com a participação de autoridades da segurança pública do Rio, representantes de entidades da sociedade civil e pesquisadores das áreas de Direito e de Tecnologia.
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