A Polícia Civil está ouvindo nessa semana os policiais envolvidos no disparo de arma com munição do tipo "bean bag", que matou o torcedor são-paulino Rafael Graciano.
O caso aconteceu no dia 24 de setembro, durante confronto entre policiais militares e torcedores, na área externa do Estádio do Morumbi, após partida contra o Flamengo, pela decisão da Copa do Brasil.
São investigados dez PMs que atuaram naquela área e que usavam armas com aquela munição.
No final de setembro, quando começaram as investigações, a Polícia Militar alegou que os agentes revidaram as agressões da torcida.
A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, declarou que, segundo a perícia técnica, Rafael tinha sido atingido por um tiro reto, sem desvio, e disparado a pouca distância. Ela acrescentou que os peritos encontraram no local três ou quatro outras munições do tipo que atingiu a vítima.
A munição “bean bag” tem sido usada pela PM paulista desde 2021, em substituição às balas de borracha, em situações de distúrbios públicos. Ela é considerada não letal, mas precisa ser disparada a pelo menos seis metros de distância do alvo.
O policial que for identificado como autor do tiro que matou o são-paulino, poderá ser indiciado por homicídio.
Em nota, a Policia Civil afirma que o nome dos investigados, por enquanto, é mantido em sigilo.