SP: novas câmeras corporais serão acionadas a critério dos policiais
As novas câmeras corporais que vão ser utilizadas pelos policiais militares de São Paulo vão ser acionadas a critério de cada agente. Isto é, não vão ficar ligadas automaticamente durante os patrulhamentos.
Segundo a Secretaria de Segurança paulista, os equipamentos de gravação ininterrupta apresentam problemas técnicos, como baixa resolução de imagens e baixa duração das baterias. E ainda aumentam os custos de armazenamento, já que boa parte do material captado não é aproveitada.
Outra vantagem das novas câmeras corporais, de acordo com a secretaria, são as funções adicionais, como a capacidade para identificar foragidos e placas de veículos roubados ou furtados.
Para Leonardo de Carvalho, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a adoção de câmeras que dependem do acionamento do próprio policial pode representar um retrocesso.
“Vários estudos mostram o impacto da inserção do programa de câmeras de uma maneira muito positiva. Quando a gente observa que tá sendo feito um movimento no sentido de tirar uma dessas características, a gente precisa ficar preocupado, sim, porque o que está sendo colocado em xeque é a transparência”.
O edital para a contratação de 12 mil novas câmeras corporais para a PM foi publicado nessa quarta-feira (22), no Diário Oficial. Atualmente, estão disponíveis pouco mais de dez mil equipamentos. Mas o contrato de uso termina no mês que vem.
O governo paulista chegou a pensar em reduzir ou até a suspender a utilização das câmeras. Mas, em abril, em resposta a ação da Defensoria Pública de São Paulo junto ao Supremo Tribunal Federal, foi apresentado um cronograma, que garante a implementação dos novos equipamentos até setembro deste ano.