Neste sábado é celebrado o dia Nacional do Tambor de Crioula, umas das manifestações culturais que é herança viva da nossa ancestralidade africana.
O tambor de crioula é considerado Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro e este ano celebra 15 anos desse reconhecimento pelo Iphan. As rodas de tambor com tocadores, coreiros e coreiras são praticadas durante todo o ano, seja para diversão; em devoção a São Benedito, santo protetor dos negros; em eventos religiosos católicos ou de matriz africana; ou em festas populares como os arraiais juninos e o Carnaval.
O professor Neto de Azile, diretor de patrimônio imaterial da Secretaria de Estado de Cultura do Maranhão, reflete sobre a importância das comemorações do dia nacional do tambor de crioula, que segundo ele, vão além da manifestação cultural.
"Empodera os grupos, é instrumento de combate ao racismo, bem como fortalece a cultura maranhense, porque o tambor de crioula passa a compor junto à outras manifestações, o cenário de referências culturais do povo brasileiro".
A produtora cultural Carla Coreira, premiada pelo IPHAN pela difusão da cultura popular, explica que ao longo de todo o período junino serão realizadas oficinas de toque e dança, e venda de vestuário típico.
"A praça está lá. É um espaço público voltado pra o tambor de crioula", afirma.
E neste dia de celebração, vários grupos vão se apresentar em praças, terreiros, arraiás, pontos turísticos e de referência em todo o Maranhão, como é o caso da Casa de Tambor de Crioula, que fica no Centro Histórico da capital, São Luís.
Fundado em 2018, o casarão histórico vai funcionar o dia todo, até às seis da tarde para quem quiser visitar o Museu dedicado ao Tambor. A partir das três e meia da tarde haverá um painel gratuito com fotos, vídeos e textos comandados pelo Mestre Jandir Gonçalves. O encerramento será com apresentações de grupos de tambor.