Foi inaugurada, nessa quinta-feira, em São Paulo, a primeira escola de capacitação 100% voltada aos moradores em situação de rua, é a Escola Cozinha Solidária. No local, oito pessoas que estão vivendo nas ruas foram contratadas como auxiliares de cozinha para fazer cerca de 700 marmitas por dia para distribuição no centro da cidade. Além disso, eles farão cursos de capacitação sobre noções de manejo de cozinha industrial e jardinagem de ervas, fornecidos pelo Sebrae. A ideia é que após a capacitação, eles encontrem um emprego e consigam sair da situação vulnerável.
Eliane Costa foi uma das escolhidas para trabalhar na Escola. Ela trabalhava como cozinheira em um buffet, mas, com o agravamento da pandemia, foi demitida e, não tendo como pagar aluguel, foi morar, junto com sua filha e 2 netos, debaixo de um viaduto e depois em uma ocupação. Mas agora que está neste projeto, ela tem esperança de dias melhores.
A Escola é fruto de uma parceria entre o Movimento Estadual da População em Situação de Rua e da BibliAspa, uma ONG que acolhe imigrantes e refugiados, que fica na Santa Cecília, zona central de São Paulo.
A vice-presidente da Bibliaspa, Maria Stela Spolzino, falou da importância desse projeto voltado aos moradores de rua, uma vez que, com cada vez mais pessoas entrando em situação vulnerável e indo morar nas ruas, o perfil dessa população mudou muito.
A prefeitura, em seu último censo divulgado, em janeiro, estimou que há mais de 31 mil moradores de rua na capital. Já o próprio Movimento Estadual da População em Situação de Rua tem uma estimativa maior de que são mais de 66 mil pessoas morando em ruas, avenidas e debaixo de pontes e viadutos aqui na capital.
