Mais de 25 famílias receberam, nesta sexta-feira, certidões de nascimento para oficializar a adoção de crianças e adolescentes. A entrega aconteceu na 1ª e na 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de Janeiro, no centro da capital fluminense, marcando o encerramento da Semana Nacional da Adoção.
O primeiro passo para os interessados em adotar é procurar a vara da infância e juventude mais próxima da sua residência, entregar a documentação requerida e aguardar o chamado para a habilitação. Caso sejam habilitados, entram para uma fila no cadastro nacional de adoção, onde são cruzados os dados entre os perfis requeridos e o das crianças disponíveis para adoção. Depois disso, são promovidos os encontros.
O juiz responsável pelas 1ª e 2ª Varas da Infância da cidade do Rio, Sandro Spindola, falou sobre outras fases do processo de adoção:
"Esses interessados passam por um curso preparatório que trata da realidade dessas crianças: adoções tardias, de grupos de irmãos, adoções inter-raciais e as adoções de crianças com problemas de saúde ou deficiência. Após o curso, passam por avaliação psicológica e social, até a sentença do juiz que os habilita à adoção."
A doula, Helena Guinco e a analista administrativa, Ana Teresa Vieira são casadas há oito anos. Elas se habilitaram para adoção em 2018 e há nove meses adotaram a pequena Rafaela, de um ano. A menina nasceu com plagioencefalia, uma doença congênita, que causa má-formação do crânio. Ela usa um capacete para corrigir a condição, que é tratável. Helena avalia a importância dessa nova etapa na vida da família:
"Agora, aos olhos da justiça a gente tem um papel que atesta que ela é realmente a nossa filha, o que a gente já sente desde a primeira vez que a vimos."
De acordo com o Tribunal de Justiça, os dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento do Conselho Nacional de Justiça indicam que o Brasil tem atualmente 4.102 crianças disponíveis para adoção, sendo 268 delas aqui no Rio de Janeiro.
Entre elas, 152 já estão passando pelo processo de aproximação com as famílias habilitadas. As duas varas da infância da capital somam atualmente 738 processos de adoção em andamento.
