Prevenir e combater a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. Esse é um dos objetivos do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, celebrado em 25 de novembro. A data, que foi lançada em 2008 pela ONU, tem como slogan deste ano "Alaranjar o mundo: acabar com a violência contra as mulheres, agora”, trazendo a alusão da cor para um futuro mais brilhante para as mulheres.
Aqui no Brasil, além de celebrarmos essa data, são promovidas ações por 21 dias que buscam conscientizar as pessoas sobre os tipos de violência contra mulher e como denunciá-las. É comum pensarmos na violência como algo físico e palpável. Mas Lunde Braguini, assessor de comunicação da procuradoria especial da mulher no Senado, explica que existem muitas formas de abuso contra as mulheres e que é preciso sempre ter informação para ajudar no combate dessas violências.
E foi justamente pensando em criar um espaço seguro de denúncia e acolhimento para mulheres vítimas de violência que foi criado o projeto Justiça de Saia. A idealizadora Roberta Mansur explica que o instituto tem várias ações que auxiliam as vítimas, como grupos de apoio, assessoria jurídica, canais de denúncia e até um trabalho para os homens que tem o objetivo de conscientizar o agressor e diminuir a reincidência.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 1 em cada 3 mulheres com 15 anos ou mais, em todo o mundo, foi submetida à violência física ou sexual. Além disso, outro dado global aponta que cerca de 137 mulheres são mortas por seu parceiro íntimo ou por um membro da família todos os dias.
São 125 países que possuem leis específicas de proteção à mulher, sendo que a legislação brasileira, com a Lei Maria da Penha, é considerada uma das três mais avançadas do mundo. Apesar do avanço nas leis, o Brasil é o 7º país, em uma lista de 84, com o maior número de homicídios de mulheres.
Para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher, basta ligar de graça e de forma anônima para o Disque 180.