Fecomércio-RJ aponta que mais de 88% dos empresários precisam de crédito para se manter
Mais de 88% dos empresários dos setores de comércio e serviços do Rio de Janeiro precisam de crédito para manter suas atividades, em meio aos impactos financeiros decorrentes da pandemia de coronavírus.
No entanto, apenas 38,7% pretendem tomar crédito neste mês de junho, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fecomércio, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado. O economista da Federação Rafael Zanderer, diz que isso se deve, principalmente, a uma grande incerteza com relação ao futuro, já que um terço dos entrevistados não vai pegar empréstimo, porque não sabe se conseguirá sobreviver à crise.
Mas também há uma parte significativa. 14%, não pode pegar créditos porque estão inadimplentes. Essa parcela também está desestimulada por considerar as taxas de juros muito altas ou excesso de burocracia.
Rafael Zanderer acredita que isso demonstra a necessidade de intervenção governamental para facilitar o acesso ao crédito, em iniciativas como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que vai ceder empréstimos a juros menor, com carência e prazo para pagamento maiores.
A pesquisa ouviu 470 empresários fluminenses, associados à Fecomércio, entidade que reúne 59 sindicatos patronais dos setores de comércio e serviço. Essas atividades correspondem a dois terços das empresas do estado, e geram mais de 1,7 milhão empregos formais.
