Mercado financeiro prevê redução da Selic para 2,25% ao ano e queda da economia em 6,51%
O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida de 3% para 2,25% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco central (BC), marcada para esta terça e quarta-feira (17). Depois dessa redução, a expectativa é que não haja novas reduções da Selic neste ano. Para o final de 2021, a previsão é que a Selic chegue em 3% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano chegou a 6,51%. Essa foi a 18ª revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 6,48%.
Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,5%.
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 1,53% para 1,60%.
Para 2021, a estimativa de inflação passou de 3,10% para 3%.
A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.