Os preços das passagens aéreas domésticas em 2022 atingiram o maior valor em mais de dez anos. No ano passado, a média entre as três maiores empresas foi de R$ 644, contra R$ 531 em 2021 e R$ 443 em 2020. Esses valores são corrigidos pela inflação oficial do último mês do ano.
Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil. E não foi só a Anac que percebeu como as passagens encareceram. Os consumidores também, como a dona Luiza Monteiro, moradora de Brasília.
E para 2023 os dados iniciais são de preços altos. Em janeiro, a média foi de R$ 591, maior preço para o mês desde 2010. Em fevereiro, R$ 572, maior valor desde 2014.
A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Jurema Monteiro, explica que o dólar é responsável por 60% dos custos. Outro fator é o querosene de aviação, que aumentou entre 2019 e 2022. Ela defende medidas para baratear o combustível.
De acordo a Anac, o querosene de aviação saiu de cerca de R$ 2 o litro no início de 2019, para R$ 5,30 em fevereiro deste ano.
* Com produção de Michelle Moreira.





