Ouvidoria aciona MP para investigar ação da Polícia Civil de SP em que morreram 10 assaltantes
A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo acionou o Ministério Público do estado para acompanhar as investigações sobre a atuação da polícia civil que resultou na morte de 10 pessoas que integravam uma quadrilha especializada em assaltar residências de alto padrão em São Paulo.
Segundo o Ouvidor Julio Cesar Fernandes Neves, apesar da operação ter sido considerada bem sucedida, o número de tiros que atingiram as pessoas abre espaço para questionamentos.
Segundo o Ouvidor, essa foi a intervenção da Polícia Civil com o maior registro de mortes. Para ele, as operações bem sucedidas não tem mortos.
Além do Ministério Público, O ouvidor também acionou a corregedoria da Polícia Civil para acompanhar o caso.
Segundo o DEIC, o departamento estadual de investigações criminais, a quadrilha vinha sendo investigada há sete meses e era uma das maiores especializadas em roubos em casas de alto padrão.
Segundo o delegado Ìtalo Zacaro, que intengrou a equipe que participou da açõa, na hora da abordagem, os suspeitos estavam armados com revolveres, pistolas e fuzis e atiraram contra os policiais. Mas para o delegado, eles não sabiam usar o equipamento.
Sobre as críticas de que houve excesso de força, ele diz que é fácil julgar quando não se está em ação.
Entre os mortos, estavam homens suspeitos de terem participado de um assalto à casa de um desembargador e à mansão de um cunhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em novembro do ano passado.
Depois da operação, a Polícia Civil de São Paulo recebeu vários elogios, entre eles do próprio governador.
* Matéria atualizada para acréscimo de informações e inserção de sonoras.