A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de janeiro pretende contratar militares da reserva como uma forma de aumentar o efetivo policial nas ruas.
A medida consta no plano estratégico da intervenção federal que foi finalizado pelo Gabinete de Intervenção e assinado pelo general Walter Braga Netto no último dia 29.
Mas, o secretário estadual de Segurança Pública general Richard Nunes, que confirmou que o plano foi finalizado, não informou quantos agentes devem voltar à ativa, nem quando, já que a medida precisa de aprovação legislativa.
O plano estratégico com o detalhamento das ações que a intervenção pretende executar está sendo cobrado desde que a medida foi anunciada em fevereiro. No entanto, ele não foi divulgado pelo gabinete de intervenção.
A recomposição policial é um dos pontos centrais do plano para atender ao principal objetivo da intervenção que é restaurar a capacidade operativa das forças de segurança do estado.
O gabinete quer garantir que as polícias estaduais consigam suprir o trabalho que está sendo feito pelos militares das Forças Armadas quando a intervenção terminar.
A secretaria também pretende convocar ainda neste semestre agentes aprovados nos últimos concursos para as Polícias Civil e Militar.
Durante um evento sobre o turismo no estado do Rio de Janeiro em que foi anunciado um planejamento exclusivo para as áreas turísticas, Nunes também confirmou que a próxima unidade de polícia pacificadora que será desativada é a da cidade de Deus na zona oeste da capital,
De acordo com ele, as operações policiais que estão sendo realizadas na comunidade já fazem parte desse realinhamento, que inclui também a região da Praça Seca que vem sofrendo com tiroteios constantes há meses por causa da disputa territorial entre o tráfico e a milícia.
Nunes voltou a dizer que a política das unidades de polícia pacificadora se estendeu para comunidades onde o programa não tinha condições de prosperar. Como parte do plano de ações da intervenção metade das cerca de 40 UPPs devem ser desativadas e transformadas em companhias.
Os agentes que atuam nas unidades devem passar por uma reciclagem para serem reintegrados a batalhões.