O Ministério Público Federal no Amapá instaurou uma investigação criminal para apurar as circunstâncias do naufrágio do navio Anna Karoline III, no último sábado (29), na região do Rio Jari, sul do estado.
Os procuradores querem identificar possível prática de infrações penais, analisar se houve descumprimento de normas básicas de segurança aquaviária, como sobrecarga e irregularidades quanto ao número e à alocação de coletes salva-vidas na embarcação.
O MPF requisitou informações sobre a documentação do navio e de seus responsáveis na Capitania dos Portos, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e à empresa de navegação Erlon Rocha Transporte Ltda.
Dezoito corpos foram encontrados, até o momento, pela força-tarefa que trabalha na busca por desaparecidos no acidente com o navio Anna Karolline 3.
Até agora, foram resgatadas 46 pessoas com vida. Pelo cruzamento de informações do governo do Amapá, Marinha e do Município de Almeirim, no Pará, pelo menos 12 pessoas ainda estão desaparecidas.
A prefeitura de Macapá decretou situação de emergência, desastre e calamidade. A intenção, de acordo com prefeito Clécio, é dar todo aparato disponível no município para ajudar famílias envolvidas. A prefeitura da capital amapaense está concedendo, por exemplo, auxílio funeral.
Nessa segunda-feira (2), oito corpos foram levados para a sede da Polícia Técnico-Científica de Macapá, onde três já foram identificados.
A busca por desaparecidos conta com cinco aeronaves, duas embarcações e mais de 50 militares.