MPF cobra medidas de proteção e valorização do Terreiro da Gomeia, no RJ, a órgãos federais
O Ministério Público Federal solicitou ao Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que instaure procedimento administrativo para garantir medidas de proteção ao patrimônio material e imaterial do Terreiro da Gomeia, na Baixada Fluminense.
O órgão pede ainda que a autarquia realize vistoria no local em 10 dias e que a Fundação Cultural Palmares informe, em cinco dias, a documentação que possui acerca da implementação de espaço de valorização da memória naquele local. Procurador do Ministério Público Federal, José Júlio de Araújo Júnior explica a atuação do órgão neste caso.
Ex-subsecretária de cultura de Caxias entre 2002 e 2004, Silvia Mendonça afirma que a ideia de instalar uma creche no lugar onde ficava o terreiro de Joãozinho da Gomeia é antiga.
Segundo ela, o Ministério da Cultura concordou, à época, em ser parceiro na transformação do espaço num museu, que teria o financiamento da Petrobras, mas a ideia não avançou por conta de um revés eleitoral.
Historiadora, Marlúcia Santos lembra a importância de Joãozinho da Gomeia num passado marcado pela perseguição – inclusive estatal – aos terreiros.
Marlúcia explica a fixação dos terreiros em locais como a Baixada Fluminense.
A historiadora destaca o papel de Joãozinho da Gomeia na divulgação do candomblé.
Ela aborda a relação de Joãozinho com a comunidade do entorno do terreiro.
Procurados, o Iphan e a Fundação Palmares não se manifestaram até o fechamento desta reportagem.