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Remoção de barracas do centro de São Paulo pode parar no STF

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Leandro Martins - Repórter Rádio Nacional
06/04/2023 - 15:57
Brasíila

A remoção das barracas de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo, que começou na segunda-feira, por agentes da prefeitura paulistana, pode parar no Supremo Tribunal Federal.  

A ação proposta ao Supremo partiu da Rede Sustentabilidade, PSOL e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). O objetivo é denunciar supostos abusos que estariam sendo praticados pela gestão do prefeito Ricardo Nunes contra a população sem-teto da capital paulista. 

Isso porque, de acordo com a prefeitura, as barracas seriam retiradas das calçadas de dia, mas podem ser remontadas à noite. No entanto, imagens de câmeras mostram que as barracas e os pertences das pessoas acampadas são jogados em caminhões-caçamba, sem critério de separação. Há relatos de perda de remédios, documentos e roupas.   

O prefeito Ricardo Nunes sustenta que o direito de aceitar acolhimento social, ou não, deve ser respeitado. Mas que também tem que ser observado o direito de ir e vir de todos que vivem ou transitam na cidade.  Sobre os relatos de abusos com os pertences dos sem-teto, o prefeito diz que não tem conhecimento.

Em meio à polêmica da retirada de barracas, a prefeitura prepara um pacote de ações para revitalizar a Praça da Sé, no centro da cidade, a partir da semana que vem. 

Uma das orientações do prefeito Ricardo Nunes, é acabar com a feira do rolo, comércio informal feito por moradores de rua de itens usados, que ocorre diariamente no local. Depois da retirada da feira, a prefeitura pretende intensificar as abordagens de agentes de assistência social. O objetivo é transferir as pessoas que vivem ali para vagas em abrigos e hotéis sociais. 

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