O Acre enfrenta uma das maiores enchentes da sua história. Nesta segunda-feira (4), uma comitiva composta pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chegam para visitar as áreas atingidas pelas enchentes.
O governo do Acre decretou emergência em saúde pública, na última sexta-feira, por causa das cheias dos rios e do aumento do volume de chuvas das últimas semanas. Até agora, 19 municípios se encontram em estado de emergência, afetados pelas inundações de rios e igarapés.
O Rio Acre continua acima da cota de transbordo e, nesse domingo, chegou a 17,63 metros, na capital acriana. A Defesa Civil de Rio Branco estabelece o limite de 14 metros como cota de transbordamento do rio.
Em cidades como Brasiléia, a cerca de 237 quilômetros ao sul de Rio Branco, 80% do território está debaixo d'água, um recorde histórico.
Há 60 anos morando na capital acriana, o design de biojoias, Kleder Silva, conta que poucas vezes viu uma situação de calamidade pública como esta e que a inundação nas cidades mais atingidas, e em Rio Branco, já começa a afetar sistema de esgoto e consumo de água potável.
Além de Brasiléia, Santa Rosa do Purus, Jordão, Tarauacá e Cruzeiro do Sul permanecem bastante afetadas pelas enchentes. Nesse sábado, em Cruzeiro do Sul, uma embarcação que levava o prefeito da cidade, Zequinha Lima, e o deputado federal Zezinho Barbary (PP-AC), virou. Eles navegavam pelo rio Valparaíso, na zona rural do município. Ninguém ficou ferido.