Após participar de mais uma Cúpula do Brics, que incluiu mais países ao bloco, o presidente Lula definiu o encontro como uma “reunião civilizatória” e “um dos mais importantes encontros” de todos os mandatos que já teve.
Depois do anúncio da entrada de Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, - a partir do ano que vem - Lula disse que a fila para novos pedidos é extensa e que, por isso, o grupo definiu critérios para outras entradas.
A declaração foi dada pelo presidente, ainda em Joanesburgo, na África do Sul, nesta quinta-feira (24), minutos antes de embarcar para Angola, onde cumpre agendas oficiais até o próximo sábado. Ele também explicou que não há relação ideológica nem mesmo com a Argentina.
Lula também disse que a definição de uma nova moeda comum para transações comerciais entre os membros do Brics ficou para a próxima Cúpula, na Rússia, no ano que vem.
O presidente ainda comemorou a decisão conjunta de lutar pela mudança no Conselho de Segurança da ONU, órgão internacional que, segundo ele, perdeu eficácia e está desatualizado, inclusive para conflitos internacionais e mudanças climáticas.
Ainda aos jornalistas, o presidente disse acreditar que as nações permanentes no Conselho de Segurança serão favoráveis à entrada de países latinos, asiáticos e do continente africano. O Brics passa a ter 11 membros a partir do ano que vem, mas o presidente Lula disse que o nome do bloco deve permanecer.
O presidente brasileiro ainda disse que a união entre os membros vai permitir negociações com outros blocos em igualdade de condições e que está pronto para os problemas e as divergências políticas que surgirem.