Jairo de Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, não vai mais exercer a profissão de médico. O Cremerj, Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, em decisão unânime na plenária do julgamento, ocorrida ontem, cassou o seu registro de médico.
Segundo o conselheiro do Cremerj, Valter Palis, a decisão tem caráter definitivo.
Jairinho está preso, acusado pela morte do enteado, o menino Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março de 2021. Na época, ele era vereador e teve o mandato cassado, também por unanimidade, na Câmara Municipal do Rio.
Foi a primeira vez que isso aconteceu com um vereador na cidade. Ele também perdeu os direitos políticos pelos próximos oito anos.
A mãe do menino, Monique Medeiros de Almeida, que era companheira de Jairinho, responde pelo crime de homicídio.
Henry foi morto no apartamento onde morava com a mãe e o então padrasto. O laudo da necrópsia do Instituto Médico Legal indicou que o menino teve hemorragia interna por laceração hepática em decorrência de uma ação contundente. Os exames apontaram 23 lesões no corpo da criança.
Em janeiro desse ano, a Justiça do Rio de Janeiro negou mais um pedido de habeas corpus do ex-vereador.
Monique Medeiros responde em liberdade pelo crime. A prisão preventiva dela foi revogada em agosto do ano passado. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Rio por homicídio triplamente qualificado, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica. Eles vão a júri popular, mas a data ainda não foi marcada.
