São mais de 400 requerimentos na pauta da CPI da Petrobras, mas os deputados se concentraram na lista de 64 que o relator, deputado Luiz Sérgio, priorizou.
Foram aprovadas a convocação de Leonardo Meirelles, considerado laranja do doleiro Alberto Yousseff, um dos principais delatores do esquema, e de Rafael Angulo Lopes, que teria transportado dinheiro para Youssef. Os deputados convocaram, ainda, o ex-gerente de Tecnologia da Petrobras, Pedro Barusco. Ele já prestou depoimento à CPI antes e confirmou ter recebido quase US$ 100 milhões em propina.
Os deputados aprovaram, também, a convocação de João Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil. A empresa tem diversos contratos com a Petrobras e é acusada de pagamento de propina ao ex-diretor da estatal, Renato Duque. A CPI quer ouvir, também, o empresário Luís Carlos Borba, presidente da Toshiba. A multinacional é acusada de fazer contratos fictícios com uma empresa de fachada que seria de Youssef. À CPI, Youssef disse que repassou R$ 800 mil ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a pedido da Toshiba.
Foram aprovados, ainda, requerimentos de convocação de empresários ligados a algumas petroquímicas que teriam contratos com a Petrobras e também pedidos de cópia de contratos que a estatal tem com duas empresas de tecnologia da informação.
Nota pé: O presidente da SeteBrasil, Luis Eduardo Carneiro, disse no dia 7 de maio à CPI da Petrobras que não houve corrupção nos contratos ou licitações da empresa com a estatal.