Um dos depoimentos mais aguardados pela oposição na CPI do MST. O do líder da FNL, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade, José Rainha. Ele foi chamado para falar das acusações de extorsão de donos de propriedades Rurais no Mirante do Paranapanema, no interior de São Paulo, motivo pelo qual chegou a ser preso em março e solto em junho.
Ele era um dos líderes do MST e, após ter se afastado do Movimento, criou o FNL. José Rainha foi à CPI protegido por um habeas corpus, ou seja, pode ficar em silêncio sobre fatos que impliquem a sua incriminação, conforme decisão do ministro Luiz Fux.
Rainha fez uma defesa da Reforma Agrária e foi categórico ao afirmar que não iria revelar os motivos pelos quais deixou o MST.
E, como tem sido rotina na CPI, mais uma reunião de bate-boca entre o relator, Ricardo Salles, e a deputada Sâmia Bonfim, aliás, como tem sido frequente.
Um desses momentos foi quando o relator quis saber qual a relação de Rainha com a deputada. Diante dos protestos por causa da pergunta, o presidente da Comissão, deputado Tenente-Coronel Zucco, debochou.
Talíria Petrone partiu em defesa da colega e pediu retratação.
Após o pedido do presidente da CPI de tirar a fala das notas taquigráficas e, em meio ao bate-boca, Rainha esclareceu que a ex-esposa dele trabalha no gabinete da deputada Sâmia Bonfim e que tem, com ela e com outros deputados, relações fraternas, políticas e diplomáticas.