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Saúde

Anvisa: área técnica recomenda aprovar vacinas CoronaVac e Covishield

Decisão cabe à diretoria da agência, e servirá para uso emergencial
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Victor Ribeiro
17/01/2021 - 13:19
Brasília
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© Reuters/Imago Imagens/Direitos reservados

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária está reunida desde as 10h10 deste domingo para analisar os pedidos de uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19.

A área técnica da Anvisa recomendou a aprovação tanto para a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan, quanto para a Covishield, produzida pela universidade inglesa de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz, desde que a Anvisa possa monitorar algumas dúvidas que ficaram na análise e ter acesso periódico aos resultados das duas pesquisas.

Entre os motivos para a indicação, apontados pelo gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, estão a aceleração da pandemia e a falta de tratamentos eficazes contra a Covid-19.

A equipe técnica listou uma série de incertezas sobre os dois imunizantes, entre elas não conseguir saber a quantidade de anticorpos produzidos nem quanto tempo eles permanecem no corpo. Isso é importante para saber se as pessoas teriam de tomar a vacina novamente e quando seria isso. Também ficaram dúvidas sobre a eficácia entre idosos, crianças, adolescentes e pessoas com doenças pré-existentes.

Ainda durante esta tarde, a diretoria colegiada deve anunciar as decisões. É a primeira vez que a Anvisa analisa pedidos de uso emergencial de vacinas. A agência verificou todos os documentos enviados pelos pesquisadores, como relatórios sobre a eficácia, a eficiência e a segurança da vacina.

Ao apresentar os relatórios com os resultados das pesquisas, Gustavo Mendes destacou o esforço dos servidores públicos para a análise na agência reguladora.

E a empresa farmacêutica brasileira União Química apresentou, no fim da semana passada, o que seria o terceiro pedido de uso emergencial de uma vacina no Brasil. No caso, a Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamalea, da Rússia. Mas a Anvisa informou, na noite desse sábado, que os documentos foram devolvidos porque o pedido não cumpria alguns requisitos. Entre eles, a condução no país de ensaios clínicos fase 3 - aqueles de testes em humanos - e questões relativas às boas práticas de fabricação.

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