Especialistas da Organização Mundial da Saúde recomendaram, nesta segunda-feira, uma dose de reforço para os idosos acima de 60 anos imunizados com a CoronaVac ou a Sinopharm, ambas vacinas produzidas pela farmaceutica Sinovac. Já para os imunossuprimidos, que têm alguma deficiência no sistema imunológico, a OMS recomendou uma dose adicional independente do imunizante utilizado.
A nova recomendação partiu do chamado Grupo Consultivo de Especialistas em Imunização da OMS, que emite pareceres e recomendações sobre vacinas.
Este é o primeiro documento da OMS recomendando dose de reforço para grupos ou vacinas específicas. Até então, a Organização evitou recomendar a dose adicional argumentando que isso poderia aumentar ainda mais a desigualdade no acesso às vacinas entre os países.
Segundo a OMS, os países de alta renda aplicaram, em média, 35 vezes mais vacinas contra à covid-19 do que países de baixa renda. A situação mais grave é a de países da África que até o momento só imunizaram 3% da população.
No Brasil, a dose de reforço começou a ser aplicada em meados de setembro para todos os idosos com mais de seis meses de imunização completa e os imunodeprimidos, com mais de 28 dias da segunda dose ou dose única, independente da vacina usada.
Já no final de setembro, o Ministério da Saúde aprovou a dose de reforço também para os profissionais de saúde.