A polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar por homicídio culposo - quando alguém contribui para a morte, porém, sem a intenção de matar - a mulher que levou um idoso morto a uma agência bancária em busca de um empréstimo. Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, já estava sendo investigada por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. O caso aconteceu no último dia 16, em Bangu, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.
Érika levou o tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, a um ponto de atendimento em uma cadeira de rodas, e tentou fazer com que um documento autorizando o financiamento fosse assinado. Funcionários desconfiaram do estado de saúde do idoso, e equipes de socorro de emergência confirmaram a morte. A mulher foi presa em flagrante.
O caso ganhou repercussão após a divulgação nas redes sociais de imagens de Érika e do tio dentro do banco. Inicialmente, o episódio era apurado como vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude, mas a investigação foi desmembrada pela delegacia de Bangu, na zona oeste. O delegado Fabio Souza entendeu que, como cuidadora do idoso, a sobrinha, ao ver que ele não estava bem, deveria ter levado o tio ao hospital e não seguido para o banco.
A polícia já obteve acesso às imagens do trajeto até a chegada a agência bancária, além de ter ouvido o motorista que transportou os dois.
A defesa de Érika espera ainda por uma apreciação da Justiça sobre um pedido de conversão da prisão para domiciliar e para que a cliente responda ao processo em liberdade. Um dos motivos é que Érika tem uma filha de 14 anos com deficiência.
A defesa tem argumentado também que Érika sofre de depressão e não teria percebido que o tio teria morrido no trajeto para o banco.
* Com informações da Agência Brasil